sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Dicas para não comprar carro com quilometragem adulterada

http://blogs.estadao.com.br/jornal-do-carro/files/2009/11/hodometro.JPG Para fazer a alteração da quilometragem do hodômetro, um computador é conectado ao painel do veículo. Um programa é capaz de alterar os números do hodômetro, que passa assim a mostrar a quilometragem que o adulterador quiser. Em um a loja de São Paulo, a polícia encontrou um veículo com o hodômetro adulterado que estava à venda. O painel dizia que a distância percorrida era de 85 mil km. Mas o equipamento da polícia revelou que o carro já tinha mais de 110 mil km rodados.

Vladimir Maluf

A tática é utilizada na hora de revender carros usados com alta quilometragem: o hodômetro, equipamento que marca quanto o carro já percorreu desde sua fabricação, é adulterado para marcar menos quilômetros do que os reais rodados pelo veículo. A prática é criminosa e, infelizmente, comum. E, ao contrário do que muitas pessoas pensam, os digitais são ainda mais fáceis de serem adulterados.

A adulteração da quilometragem pode ser descoberta graças a empresas parceiras, que registram os serviços realizados nos carros. “Se na troca de óleo de um carro, em 2006, ele tinha 40 mil km e a pessoa for comprar agora e ele está marcando 30 mil km, fica nítido que houve adulteração”, afirma Marco Rosseto, supervisor de bases e produtos da Checkauto.

Uma consulta através do site custa R$ 25. A pessoa faz um cadastro para acessar e terá um dossiê do carro. “É possível saber se houve alteração do chassi, histórico de leilão, furto, acidentes, duplicidade de motor, adulteração de quilometragem e outros detalhes”, explica. Mas, caso você queria testar sozinho, ele ensina alguns detalhes a serem observados na hora de adquirir um seminovo.

1. Observe se há desgaste no volante, nos pedais (freio, embreagem, acelerador), laterais das portas e maçanetas. “Um carro com menos de 40 mil km não pode ter esse itens gastos. Se estiver, desconfie”.

2. Faça um cálculo médio do ano que o veículo foi fabricado e quanto o odômetro está marcando no painel. “Um veículo gira de 15 a 20 mil por ano, em média. Se o número estiver muito inferior a esse, cuidado”.

3. Pergunte ao dono do carro se ele possui o manual do proprietário e chave reserva. “Pode parecer besteira, mas esses itens indicam se o dono é cuidadoso ou não com seu carro”.

4. Repare na cor do carro, ele pode ter sido de frota. “Se for em São Paulo, por exemplo, o branco pode ter sido táxi, que é um carro que roda muito e, talvez, seja adulterado”.

5. Outros carros que podem ter sofrido alteração na quilometragem são os de locadoras. “Os carros de empresas de aluguel costumam ser do Paraná. Fique atento a isso”.

6. Para mexer no hodômetro, é necessário retirar o painel. “Observe se a moldura ou o plástico transparente estão riscados, com marcas de ferramentas ou parafusos espanados. Esses são indícios de que ele foi desmontado”.

7. O pneu também tem ano de fabricação. “Um pneu roda, em média, 30 mil km. Faça uma comparação entre o ano do carro, o ano do pneu e a quilometragem. Se o pneu está liso e é dois anos mais novo que o carro, quer dizer, portanto, que ele já deve ter rodado 60 mil km”.

8. Quando o marcador é analógico, fique atento se ele não está desalinhado. Se estiver, é um sinal de que ele pode ter sofrido alterações.

9. Observe com atenção o estado das rodas e calotas (e se elas são originais), das condições da chave de ignição do automóvel, chave de roda, macaco e estepe. Um carro que marca baixa rodagem deve ter esses itens em perfeito estado.

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