quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Palmeiras e Gremio, Arenas privadas goleiam em custos e eficiência

Fora da Copa, estádios do Palmeiras e do Grêmio custarão menos, ficarão prontos antes que as obras com dinheiro público e prometem receita anual de até R$ 60 milhões a clubes.

Obras da Arena Palestra: previsão de receita de R$ 1 bi para os cofres do Palmeiras em 30 anos

Como ficara a Arena Palmeiras

Arena Gremio no dia da abertura Oficial


Dois novos estádios com pelo menos 45 mil lugares estão previstos para ficar prontos no primeiro semestre de 2013 trazendo para o mercado brasileiro um novo modelo de gestão que irá gerar uma receita de até R$ 60 milhões ao ano para os clubes proprietários.
E apesar de a bola rolar em seus gramados com mais de um ano de antecedência da Copa do Mundo, esses estádios estarão fora do certame, ainda que seus projetos sejam mais baratos e bem mais sustentáveis que a maioria dos locais que receberão o Mundial.
Os projetos em questão são a Nova Arena do Palmeiras, em São Paulo, e a Arena do Grêmio, em Porto Alegre, que além dos cerca de 40 jogos que realizarão no local por temporada, já trabalham para utilizar as novas instalações com outros 200 eventos entre shows, conferências, feiras e festas ao longo do ano.
Tendo em vista o potencial em receita fora das quatro linhas, o Palmeiras foi atrás de uma das maiores gestoras de espaços esportivos do mundo, a americana AEG, que entre as dezenas de locais administrados pelo mundo está o estádio Staples Center, em Los Angeles, e o The O2, em Londres.
"O Palmeiras tem grande interesse na área de entretenimento pois a receita gerada nessa área pode ser grande", diz Rogério Dezembro, diretor de novos negócios da WTorre, empresa de engenharia que é parceira do clube na construção do estádio.
O acordo firmado com a AEG é exclusivo para a capital paulista e tem duração de 10 anos podendo ser renovado por mais 20.
Dos eventos realizados no local, o Palmeiras ficará com uma porcentagem que variará de 20% a 45%. Na comercialização de espaços publicitários (Naming Rights, camarotes e placas no campo), cuja responsabilidade é da Traffic, a participação do clube ficará entre 5% a 30%.

A variação aumenta a cada cinco anos e a projeção dos envolvidos no projeto é a de que o Palmeiras tenha uma receita de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 1,8 bilhão) ao longo dos 30 anos de contrato com a WTorre.
Receita interna
Já a OAS, construtora responsável pelas obras da Arena do Grêmio, estima que o clube poderá embolsar receita anual de R$ 40 milhões com o novo estádio e os serviços agregados a ele.
Além dos jogos de futebol, a verba viria através da exploração de espaços comerciais no estádios, estacionamento, camarotes, espaços para ações de marketing e aluguel dos mais variados tipos de evento, que vão de festas de aniversário a grandes shows musicais.
"Já estamos discutindo um modelo de gestão com consultores no Brasil e no exterior para ser adotado nessa arena", diz Carlos Eduardo Paes Barreto, responsável pela coordenação das obras dos estádios da OAS, comentando a possibilidade de um acordo com empresas especializadas em gerir o novo estádio do Grêmio nos mesmos moldes do contrato realizado pelo Palmeiras com a AEG.
Mais em conta
Além do plano de negócios mais elaborado, as arenas privadas de Grêmio e Palmeiras também se diferenciam da maioria dos estádios destinado à Copa nos custos das obras.
Orçado em R$ 475 milhões para uma capacidade de 60 mil espectadores, o gasto por assento da Arena do Grêmio é de R$ 7,9 mil. Na Nova Arena do Palmeiras, cujo investimento é de R$ 330 milhões, para 45 mil torcedores, essa relação é de R$ 7,3 mil.
Já o Maracanã e o Itaquerão, dois dos principais estádios que estão em obras para o Mundial e cujos valores ultrapassam a casa do R$ 1 bilhão, o custo por assento ficará acima de R$ 15 mil.
 

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