“O prefeito se mostrou extremamente favorável ao projeto e deixou claro que dará todo o apoio, dentro dos limites da prefeitura, desde que ele atenda às leis e às exigências municipais”, afirmou o coordenador da comissão de estudos para a nova arena pontepretana, Miguel di Ciurciu, ao site oficial do clube.
E o presidente da Ponte, Márcio Della Volpe, aproveitou para descartar a hipótese de fazer um novo estádio juntamente com o maior rival, o Guarani. De acordo com o mandatário, isto foi pensado – e recusado pelo Bugre – há algum tempo, e, agora, “é inviável”.
“Não se trata de nenhum tipo de rivalidade, mas sim de uma questão de viabilidade. A Ponte já se colocou à disposição para conversas e elas nunca prosperaram. Neste momento, no entanto, deixamos tudo para trás. Reiniciarmos conversas seria retroagir”, explicou Della Volpe.
Della Volpe também revelou ansiedade para a Arena Ponte Preta, que deverá alavancar as finanças do clube campineiro. “Ela irá gerar receitas reais, das quais precisamos com urgência, já que o nosso time não é um dos mais beneficiados pelas cotas de televisão”, analisou
Campinas, SP, 30 (AFI) – Uma parceria com uma construtora portuguesa deve alterar profundamente o projeto de construção da nova Arena da Ponte Preta, na área onde hoje está o clube Cidade Pontepretana, no Jardim Eulina. Os pontos principais são de que o clube não precisará mais fazer um empréstimo de R$ 100 milhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a capacidade da arena será aumentada de 30 para 40 mil
O grupo que pretende investir no projeto da Macaca é o mesmo tinha interesse em comprar o complexo do Estádio Brinco de Ouro, do arquirrival Guarani. Na divisão, a Ponte terá 100% de direitos sobre a Arena, enquanto a construtora ficará com os lucros dos imóveis construídos no entorno, onde serão erguidas torres comerciais e residenciais de alto padrão, shopping center, hipermercado, hotel, centro de convenções e estacionamento para 2,5 mil veículos.
Ainda não se sabe exatamente os valores do novo projeto, entretanto devem girar em torno de R$ 150 milhões. Parte dos custos poderia ser bancada com a venda do terreno do Estádio Moisés Lucarelli, que é negociado com a Gafisa e pode render ao clube cerca de R$ 70 milhões.
Há também a possibilidade do Red Bull, que atualmente aluga o Majestoso para mandar seus jogos, entrar no projeto. Apesar disso, não se sabe se o Touro Loko entraria como uma espécie de sócio para dividir a Arena ou então se continuaria a alugar o imóvel.
No projeto anterior, que vinha sendo arquitetado em parceria com a Odebrecht, o investimento seria de R$ 110 a R$ 145 milhões. Deste total, a Ponte teria de fazer um empréstimo de 70% no BNDES, enquanto os outros 30% seriam divididos meio a meio entre o clube e a construtora.
Obras de infraestrutura
Para construir a nova Arena, porém, a Ponte terá antes de apresentar um projeto para melhorias da malha viária na região, bem como conseguir a aprovação da Câmara dos Vereadores. Isso porque o terreno foi doado pelo município há quatro décadas para a construção de uma praça de esportes.
Segundo a Célula de Acompanhamento e Aceleração de Projetos CAAP), da Prefeitura de Campinas, o projeto só sairá do papel com as obras para as vias de acesso. Entre as principais estão a construção de uma avenida entre a Escola de Cadetes e rodovia Anhanguera, além de um ou dois viadutos para evitar congestionamento no trevo da Bosch.
De acordo com as informações da diretoria alvinegra, todas estas obras já estão previstas nos custos da obra. Por conta disso, a expectativa é de que as obras iniciem-se já no começo de 2013. Este seria o grande motivo dos sócios do clube do Jardim Eulina já terem recebido o comunicado para transferirem seus títulos à Unidade Paineiras.
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